A verdadeira Cabalah - Parte I

Author: Igor /


Primeiramente antes de falar de cabala temos que compreender a seguinte ideia
TUDO que se tem promulgado na mídia a respeito de cabala não é cabala, pseudo rabinos
e muitas vezes pessoas com más intenções tentam passar algo que realmente não existe,
ou é uma mistura de práticas que nada tem a ver com a cabala verdadeira;
Ditos mestres como Eliphas e Helena Blavatsky escreveram e ensinaram
algo que não passa de 0,99 % do que é a verdadeira Cabala.

Bom, primeiro para uma cabala ser considerada verdadeira ela tem que ser Kasher, ou seja todos
os seus ensinamentos devem estas em 100% de conformidade com a Torah escrita e oral.
Eu conheci pessoas que se diziam cabalistas e não aceitavam a alimentação Kashrut, e
isso é apenas uma das disconformidades, que existem na cabala ocidentalizada que esta se formando, conheci pessoas que
com uma boca falavam sobre o Sepher Yetzrah e com a outra exaltava e promulgava a idolatria.
Segundo, não é qualquer um que entra em uma "escola" aqui ou em Israel, lê alguns livros que pode se considerar cabalista.
A cabala é um grau de extrema sabedoria na interpretação da Torah, pode-se dizer que a Cabalah é compreender a a lei através do espirito
e essa espiritualidade não vem de uma hora pra outra. Conheço um Rabbi da linha do Rabbi Hilel que estudou a Torah a vida toda e só aos 47 anos
passou a ser considerado no grau de Cabalah.
E terceiro e mais importante, a cabalah não é uma religião ou ceita a parte do judaísmo, aquele que se diz cabalista não pode
se dizer assim a menos que siga todos os ensinamentos da Torah e todos os costumes da tradição judaica.

Não estou dizendo que um gentio não possa estudar cabalah, não só pode como este conhecimento vai ajudar no crescimento espiritual da pessoa,
mas como ela vai praticar cabalah se nem ao menos entende a Torah? Quando eu digo ENTENDER a Torah estou dizendo no sentido da lei palpável mesmo,
o que esta ali no papel... A torah como esta traduzida deixa pra trás muitos pontos importantes que a original em hebraico esclarece,
e mesmo a original se a pessoa não é corretamente ensinada a entender mesmo o menor dos pontos, ela perde boa parte do sentido espiritual do seu contexto.




Você deve estar se perguntando, "bom então você diz que se eu não souber hebráico não posso entender cabalah?"
e a resposta é: Sim, é isso que eu estou dizendo e digo NO MÍNIMO entender hebraico.
Creio que isto não vai ser uma barreira na vida daquele que esta realmente interessado em crescer espiritualmente
pois a muitas maneiras de se aprender hebraico, inclusive cursos gratuitos online. Outra coisa é, se quer realmente aprender cabalah
ou ter uma aproximação do que ela é realmente, procure um Rabino Ortodoxo de uma sinagoga próxima, existem alguns sites muito bons em que você pode fazer
perguntas a rabinos online, eu mesmo mantenho contato direto com o Rabbi Gutman Locks onde desenvolvemos projetos e esclareço minhas dúvidas sempre que as tenho.

Que Háshem abençoe a todos e tenham uma ótima semana!

Shalom!



"Os 10 dias entre Rohs Hashaná & Yom Kipur"

Author: Igor / Marcadores:



Por Rabino Avraham Chachamovits




Shalom!
    Eu quero contar uma historia pra vocês que eu acho muito pertinente nesse período entre os dias intermediarias entre Rohs Hashaná e Yom Kipur. É uma historia sobre o grande mestre Arizel;
   Certa vez Aritzel foi visitado por um certo senhor que costumava visita lo as vezes, um senhor chamado Rabi Shmoel Avasig, lá se encontravam outros alunos com Aritzel  mas quando o Rabino Shmoel chegou, supreemdentemente Arizel se levantou e o cumprimento de uma maneira especial, pediu que ele se senta-se do seu lado direito, enfim... o tratou de uma maneira singular, eles se sentaram e conversaram e Rabi Shmoel contou pra Arizel muitas das suas necessidades e problemas e todos ficaram muito surpresos por causa do tempo que o Aritzel dedicou ao Rabi Shmoel, até porque ele costumava frequentar este grupo mas nunca tinha recebido esse tipo de tratamento.
    Quando Rabi Shmoel foi embora o "rabehaim vital" o aluno maior de Aritzel foi perguntar pro seu mestre o que tinha de tão especial no dia de hoje, porque este tratamento tão unico que ele e os alunos que estavam lá nunca tinham visto ocorrer naquele local especial que eles estudavam, mas Arizel explicou simplesmente o seguinte: Ele se levantou e tratou de maneira especial não exatamente o Rabi Shmoel mas sim o Rabi Has Ben Yaea. Rabi Has Ben Yaea este foi o sogro de Shimon bar Yochai que trouxe o Zohar pro mundo 1500 anos antes, que coisa fascinante!
    Então o  "rabehaim vital" perguntou pro mestre: Mas porque? Porque o Rabi Has ben Yaea veio visitar junto com o Rabi Shmoel a sua casa, como isso é possível? Aritzel explicou que isso foi assim devido a uma Mitzvah que o Rabi Shmoel havia cumprido de maneira exemplar e que de fato o Rabi Has ben Yaea costumava cumprir também esta Mitzvah de maneira exemplar. O "rabehaim vital" ficou atonito ele saiu em busca do Rabi Shmoel, pois ele precisava saber que Mitzvah é essa que permitiu um tratamento tão extraordinario do proprio Arizel, alêm disso que junto a ele nessa visita viesse a alma de um Sadic, do nível do Rabi Has ben Yaea. Então ele finalmente alcançou o Rabi Shmoel e perguntou:
- Meu mestre, por favor me ensine, o que é isso que o senhor fez de tão especial?
Então Rabi Shmoel respondeu:
 - Esta bem eu vou lhe contar, aconteceu o seguinte: Hoje de manhã eu estava indo para sinagoga como eu faço sempre, sempre buscando ser um dos 10 primeiros homens a chegar na sinagoga, eu estava no meu caminho e de repente escutei vozes chorando numa das ruelas que eu andava e eu resolvi ver o que estava acontecendo, quando eu cheguei no local as pessoas me contaram que haviam sido roubados, e haviam perdido absolutamente tudo até mesmo as roupas... Naquele momento a minha misericordia foi muito despertada e eu arranquei as minhas vestes e dei a estes indivíduos para que eles não ficassem naquela condição e é por isso que hoje eu vim visitar o Aritzel, apesar de ser um dia da semana vestido nas minhas roupas de Shabat e Yom Tov porque era só o que me restava.
    Assim termina a história. Esta história tem dois aspectos importantes para nós entedermos; no ponto de vista místico nos ensina que os sadiquim (os justos) estão conscientes sempre das ações dos homens aqui na terra, de uma maneira mais particular quando uma pessoa realmente cumpre uma Mitzvah com o coração, de maneira correta, ela pode certamente receber uma ajuda espiritual da alma de um sadic que vem e guia ela e inclusive ensina ela na sua consciência que agora se expande explicações sobre assunto de Torah que ela não teria como saber. Portanto o principio de afinidade espiritual ocorre inclusive entre aqueles que ja se foram, (se foram sadiquim somente!) e homens aqui na terra que cumpriram os mitzvoths, inclusive nos ensina que sadiquims verdadeiros aqui na terra como Aritzel tem a capacidade de através dos olhos da mente perceber estas ligações espirituais entre as pessoas e os sadiquims isto é a lição mistica desta historia, mas não é a mais importante, a mais importante é que quando nós sabemos que uma pessoa precisa de ajuda, quando ela esta chorando ou quando ela esta quieta sentada na sinagoga e agente não sabe o que esta acontecendo, enfim cada pessoa demonstra sua tristeza, angústia de uma maneira diferente... Esta história nos ensina que o mais importante é a ação. A ação de ajudar essa pessoa, de fazer o que é nescessario, da maneira correta de correr para ajudar uma pessoa que esteja precisando de nós, a desfeito de nossas obrigações, é verdade nós temos que preocupar com as nossas Mitzvots... Uma pessoa esta correndo para ir para sinagóga, a outra... não sei... construir Sukkah... Enfim existe toda especie de razão para muitas vezes nós ignorarmos as dificuldades do próximo, mas o fato é que isso não deve ser feito...
    A pessoa precisa refinar o seu caráter, se elevar e se preocupar com a dor do próximo e o que pode ser feito para aliviar esta dor... Seja um sorriso, uma boa palavra mas mais importante do que isto; um tzedakah com ações que façam diferença.
    E neste período tão importante aonde todos nós estamos passando ainda por um escrotinho celestial é particularmente importante a dedicação a estes atos de bondade, não só bondade mas atos de bondade... É vital  que todos nós possamos crescer neste espirito de se preocupar com o próximo da maneira que possamos agir para o seu beneficio e não poupar esforços;
   

Dybbuk - דיבוק

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Por Ilil Arbel, Ph.D.

 A transmigração das almas ou reencarnação, não é parte da corrente principal do judaismo. A Biblia não enfatisa notoriamente sobre a vida após a morte porêm a referências de que os espiritos dos mortos existem.
    Por exemplo o rei Saul vai à bruxa de Endor para se comunicar com o espirito do seu mentor, o profeta Samuel. De qualquer forma, os espiritos vivem em um lugar especifico sem possuir qualquer objeto ou corpo.

    O Talmud fala sobre espiritos dos mortos e sobre exorcismo, porem novamente o conceito de trasmigração não é especificado. As primeiras versões desse tema são traçadas de várias fontes não-judaicas, incluindo gregos, indianos, gnósticos, cristãos e a seita islâmica Mutazila. O conceito entrou no judaismo efetivamente durante o século 8 d.c.

    Estudiosos medievais judeus opuseram-se a trasmutação das almas, acreditando (como muitos até hoje acreditam) que qualquer tipo de misticismo é extremamente perigoso, e pode influenciar e contaminar não só a pura fé religiosa mas a propria vida. Há alguma verdade nisso, cultos com técnicas de lavagem cerebral, são um bom exemplo de como o misticismo pode deteriorar uma religião. No entanto o conceito de transmigração desenvolvidos encontraram sérios seguidores e por volta do século 12 tornou-se uma parte estabelecida da "Kabbalah". As sociedades esotericas do seculo 16 abraçaram-na, incluindo o circulo "Safed" dirigido por Isaac Luria. Quando o Hassidismo (de Dov Beer, Levi Isaac, Josef Ha-Cohen, etc.) se desenvolveu a crença chegou ao seu estagio final.Há um vasto campo da literatura judaica que trata sobre a trasmigração das almas e atravessa séculos de existencia. Nesse contexto envolvido por mitos e lendas, que incluem livros, contos e peças de teatro, as almas são divididas em três formas, dependendo de cada alma e sua intenção.

    A primeira forma é Gilgul, que é a palavra hebraica para "rolar", mas que nesse contexto significa reencarnação. Geralmente é representada como uma sequencia natural da vida, que deve ocupar vários corpos para aprender as muitas lições nescessarias para que possa ser livre e se reunir com Deus. A alma apenas entra no corpo no momento do nscimento  (e não no momento da concepção), apenas quando o bebê esta pronto para sair do corpo da mãe, e se prepara para viver uma vida normal que o destino tenha atribuido a ele.
   
    Situalções especiais requerem uma abordagem diferente para a transmigração. A segunda forma de transmigração é o Dybbuk, um espirito desencarnado que pode possuir um corpo vivo que pertence a outra alma. Há diversas origens atribuidas a esses espiritos. As primeiras descrições os mostram como demônios não-humanos. Mas tarde assumiu-se que eram espiritos de pessoas que já morreram. O dybbuk pode ser a alma de um pecador que deseja escapar da punição que sera dispensada pelos "anjos da sepultura", procurando vence-los ou para evitar uma outra forma de punição para quem foi errante na terra. O dybbuk pode vingar-se por algum mal feito para ele enquanto viveu. Alternativamente, pode ser uma alma perdida, e enterar em um corpo simplesmente a procura de um Rabino que será de capaz de ajuda-lo a seguir seu caminho. A pessoa viva pode ou não saber que um dybbuk está ocupando o seu corpo, ou pode até ser atormentado por ele. Isso depende da intenção da alma que a possui. (1 Samuel 18:10) "No dia seguinte, apoderou-se dele o mau espírito de Deus, e teve um acesso de delírio em sua casa. Como nos outros dias, Davi pôs-se a tocar a cítara."

    A terceira forma é o Ibbur. A tradução literal da palavra hebraica é "impregnação". Ibur é a forma mais possitiva de posseção e a mais complexa. Ela acontece quando a alma de um justo decide ocupar o corpo de uma pessoa viva por um tempo, e junta-se, ou "empregna-se" a alma existente. Ibur é sempre temporário, e a pessoa viva pode ou não saber que ele aconteceu. Muitas vezes a pessoa viva da graciosamente o consentimento para o Ibbur. A razão para o Ibbur  é sempre benevolente -- a alma é chamada para completar importantes tarefas, cumprir uma promessa ou para executar um Mitzva (dever religioso) que só pode ser realizado na carne. (2 Reis 2:15) "Vendo-o, pois, os filhos dos profetas que estavam defronte em Jericó, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu. E vieram-lhe ao encontro, e se prostraram diante dele em terra."


O Dybbuk aparece nos cinemas com o filme "Unborn" no Brasil "Alma Perdida".
O filme conta como Casey Beldon (Odette Yustman) é perseguida por um Dybbuk que foi um menino atormentado em um campo de concentração nazista na segunda guerra mundial.
Apesar de todas as tentativas ela se vê obrigada a procurar a ajuda de um rabino (Gary Oldman) especializado em casos espirituais para libertar o espirito do garoto.